Essas fotos foram tiradas de dentro do automóvel, a cinquenta quilômetros por hora, por uma estrada de barro. De passagem, no reflexo repente de percepção e atitude, presença de espírito e vontade de fazer. Da ação imediata do bóia-fria, articulando com as mãos, e a do fotojornalista, que habilmente, com todo balanço e movimento do automóvel, percebe, mira e dispara uma série de cliques. Há uma simpatia clara. Dizendo: ‘tou vendo você !’, ‘ói eu aqui !’, ‘oi !’ – Uma interação do personagem com o Universo. A partir da divulgação do quadro, exibida publicamente para toda cadeia global da internet, mostrando a arquitetura do improviso, com a utilização de materiais do ambiente, do talo e das palhas da cana de açúcar, pela necessidade de sombra, onde os capinheiros pausam para as refeições e descanso. Gente do mundo.
LCB_2011fev09
Os comentários abaixo foram postados no blog de Lula Castello Branco em http://ojornalweb.com.br . Reproduzidos aqui.
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Mônica Lima disse:
23/02/2011 às 18:15
Lula, amigo só você com a sua sensibilidade jornalistíca, retratando o cotidiano desses trabalhadores, injustiçados por essa sociedade hipócrita.Esses sim merecem aplausos.Saudade da sua companhia todos os dias.Beijos.
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Lula Lula Castelo Branco disse:
23/02/2011 às 23:55
Moniquinha, companheira, de certo um vazio muito grande me acompanha. Saudade. Gosto muito de todos aí. De todo mundo, mas especialmente de Você. Vai não vai faço algum comentário de nosso cotidiano de pautas, a cada escada que subo… rsssss. Não vou citar outros nomes que senti uma enormidade de grandeza, pessoas que sabem si/nos tratar… Desde 2004, das primeiras vezes que estive por aí, foi tudo de bom… Só trago comigo boas lembranças de todo esse tempo. “Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. E lembra-te: Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão. (Fernando Pessoa)”. Bjus.
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Maria da Silva Maria da Silva disse:
03/03/2011 às 12:59
Acho que todos aqueles que tentam retratar nossa realidade alagoana, merecem aplausos.
É bom levantar a reflexão sobre os valores humanos e trabalhos degradantes, quem sabe, escravos.