segunda-feira, julho 25, 2011

O carcará

 

O Carcará não é tão guerreiro como uma águia, nem tem a ‘aura felina’ do gavião, mas também não é tão covarde quanto o urubu. Parente distante do falcão, espécie nativa do Brasil, “não é um predador especializado, e sim um generalista e oportunista alimentando-se de insetos, anfíbios, roedores e quaisquer outras presas fáceis; ataca crias de mamíferos (como filhotes recém-nascidos de ovelhas) e acompanha os urubus em busca de carniça”*.


Carcará**
João do Vale
Composição: João do Vale / José Cândido


Carcará
Lá no sertão
É um bicho que avoa que nem avião
É um pássaro malvado
Tem o bico volteado que nem gavião
Carcará
Quando vê roça queimada
Sai voando, cantando,
Carcará
Vai fazer sua caçada
Carcará come inté cobra queimada
Quando chega o tempo da invernada
O sertão não tem mais roça queimada
Carcará mesmo assim num passa fome
Os burrego que nasce na baixada
Carcará
Pega, mata e come
Carcará
Num vai morrer de fome
Carcará
Mais coragem do que home
Carcará
Pega, mata e come
Carcará é malvado, é valentão
É a águia de lá do meu sertão
Os burrego novinho num pode andá
Ele puxa o umbigo inté matá
Carcará
Pega, mata e come
Carcará
Num vai morrer de fome
Carcará
Mais coragem do que home
Carcará


*  http://pt.wikipedia.org/wiki/Carcar%C3%A1
**  http://letras.terra.com.br/joao-do-vale/46538/



LCB_2011jul21