É muito triste conviver com a miséria explícita. Como pode o rico ser tão feliz, diante tamanha desigualdade, diante essa realidade descabida, perante a guarda de uma nação considerada 100% cristã; de políticos, juristas, agenciadores, etc., que enriquecem do dia pra noite com a verba pública, e mantém a educação, a saúde, a moradia, a condição de vida de uma maioria absoluta no ostracismo, no abandono... E o discurso se repete - o que me faz pensar que o problema não é o discurso, mas sim o sistema. - Dar um mínimo de dignidade a essa parte da população tão sofrida é paralelamente tomar dos avantajados um pouco de suas luxúrias. Os políticos ganham dinheiro demais para representar-nos, o que na verdade não compensa. Acreditar numa medicina natural, com educação ao estilo ‘Paulo Freire’, readaptando grande parte dessa gleba ao campo (devolvendo suas terras) e investir na agricultura familiar... Sei lá... Sei lá... Penso que essa evolução passa por um processo de involução, onde o egocentrismo doentio da elite e a miséria sem qualquer tipo de influência são os principais fatores que eclodem nessa situação de guerra civil no âmago do nosso convívio.
LCB_2010jan19