sexta-feira, junho 18, 2010

Jaraguá


Vivi intensamente o Bairro do Jaraguá, nasci por ali, inclusive na foto do coreto da Avenida da Paz a casa que aparece ao lado, morou nela minha hierarquia Lima. Gosto muito dessas quatro fotos postadas aqui. São postais do que sobrevivem às novas linguagens arquitetônicas, historicamente, das ruas outrora boêmias, silenciosas das madrugadas invernais. Passear ‘no passado’, revivendo-o em lembranças no vazio das horas que passam. Estar ali, naquele momento, com uma câmara nas mãos, para captar o ‘reflexo da realidade’.

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quinta-feira, junho 17, 2010

A Praia e o Porto da Avenida da Paz


Essas fotos foram captadas em movimento, durante o percurso da Avenida, normalmente, a uns 50 km/h, de passagem em um automóvel. Fazem parte do cotidiano dos que transitam por ali. São flagrantes espontâneos que requerem alguma agilidade e sensibilidade.

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segunda-feira, junho 14, 2010

Piranhas a vista !


Duas destas fotos foram publicadas no impresso “Baixo São francisco. A Costa Doce das Alagoas”, produzido pela Imprensa Oficial e Gráfica Graciliano Ramos/CEPAL (Companhia de Empreendimentos, Intermediação e Parcerias de Alagoas), de minha autoria, junto a outros fotógrafos, num encarte de capa dura (390/275mm) em lâminas (375/265mm – mancha gráfica 320/210mm). A idéia foi de criar uma lembrança da região do Baixo São Francisco, sob a ótica de profissionais da fotografia, com a finalidade do governador do Estado presenteá-los a visitantes ilustres. As três são a cidade de Piranhas, sertão de Alagoas, em horários distintos, findar da tarde e amanhecer. A primeira, que não foi publicada, é a vista do entardecer do Restaurante do Milênio, num domingo de futebol. A segunda é o casario, tombado pelo Iphan, da ‘cidade lapinha' também à tardinha e a terceira foi bem cedinho, com o sol ainda a se espreguiçar, quando de longe percebi um pescador lá no meio daquele rio mar.

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Descanso na Paz


Quando chove muito em Maceió, desce pelo Vale do Reginaldo, desaguando no Canal do Salgadinho a caminho do mar, uma enxurrada que mais parece uma feira, aportando nas areias brancas da Avenida da Paz um lixo de tudo que é arrastado pela força das águas descendo às grotas, os 17 quilômetros de canal bastante recortado. Levados pela correnteza até atingir a força das ondas do mar, que chacoalham todo esse lixo expurgando-o às margens, num amontoado de lixo lavado, tudo misturado, animais, móveis, materiais plásticos, plantas, enfim, a Prefeitura envia para o local uma equipe de garis com tratores e caminhões, junto aos urubus e ‘catadores de lixo’, para recolher todo esse despejo. Após um dia de trabalho um gari descansa na paz da Avenida.

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segunda-feira, junho 07, 2010

Fotojornalismo ?


Estou barbarizado, perplexo, com a tendência da ‘escolaridade’ no Brasil. Pelas ruas da cidade outdoors vendem diploma de conclusão de segundo grau com um mês de aulas ! Fico a refletir: Matemática; Física; Química; Português, Literatura e Redação; Língua estrangeira; Biologia; Geografia; História do Brasil e Geral; Sociologia e Filosofia.  Enfim, tudo em um mês. Fica claro que o interesse do Estado (Brasil) é de melhorar os índices tão negativos nas pesquisas sociais. Desculpe-me companheiro Lula Presidente da Silva, lamento se não tivestes tempo para o estudo e o parabenizo pela perseverança e inteligência ‘sócio-política’ que de ti emana, mas esse caminho da facilitação do acesso ao nível escolar é um crime contra toda disciplina e conhecimento a que tanto se lutou, e se luta, para popularizar.

Para engrossar o caldo, depois de o Superior Tribunal Federal dar a última facada em nosso diploma de Jornalistas (diga-se Gilmar Mendes & cia.), o SENAC de Alagoas lançou um curso de FOTOJORNALISMO em 40 horas aula (talvez inocentemente). O que me levou a essa reflexão, diante essa profissão reduzida a nível tão inferior. No curso de Jornalismo, no qual está inserida a profissão de Repórter Fotográfico (Fotojornalista), lecionam-se cadeiras como Estética e Cultura de Massa; Planejamento Gráfico; Comunicação Visual; Fotografia; Fotojornalismo; Telejornalismo; Edição; Cinema; Introdução à Pesquisa Bibliográfica e Documentação; Editoração; Produção de Vídeo; Cultura Brasileira; História da Cultura Alagoana; História de Alagoas; História da Arte; Psicologia da Comunicação; Sociologia Urbana e Rural; Publicidade e Propaganda; Legislação e Ética em Jornalismo; Antropologia Cultural; entre outras tantas, todas têm a ver com a prática do Jornalismo Fotográfico, são essenciais.

É claro, bem sabemos que o ensino nas Universidades brasileiras (o Estado de Alagoas mantêm-se entre os piores índices do País) não é lá tão bom assim. Mas o acesso a todo esse conhecimento, a discussão entre os companheiros estudantes e professores, os livros, as aulas, o tempo do ser universitário (uma energia sublime que enaltece o ser), e tantas outras razões, para de repente saber que nem precisaria chegar a tanto para exercer tal profissão.

Só acho que vai desvalorizar nosso piso salarial, enxertando no mercado dezenas de “FOTOJORNALISTAS” na faixa salarial de 2º grau. Ou então, se não o são, estão enganados, num curso de nível técnico, ministrado por um único professor, em 40 horas de aula, o que não garantirá um profissional com conhecimentos mais aprofundados para exercer tais funções. Na nomenclatura já especifica a função: Foto-jornalismo, e Jornalismo quem faz é jornalista. Embora não haja mais obrigatoriedade do diploma, mesmo assim, fotojornalistas são aqueles que se formam em Jornalismo. Aconselho que mudem apenas a nomenclatura para ‘noções em fotojornalismo’, fica mais digno, que pisar sobre toda uma classe que soa e suou para estar onde está. Para ser o que é.
Quero deixar claro que não estou a querer desvalorizar aquele que, assim como o Exmo. Presidente Lula (que são casos raros), já nasce com dons tão aguçados, com espírito de liderança e potencial de exercer determinadas funções, pelo contrário, acredito que se tivessem acesso ao conhecimento mais aprofundado de tais funções pudessem galgar num universo mais significativo.

Vejo é que o Brasil está mergulhado num universo midiático de linguagem chula, num cotidiano de costumes vulgares, numa evolução cosmopolita desumana de um trânsito neurótico e agressivo, de políticos e jurídicos corruptos e médicos receiteiros, além dos latifúndios desnecessários de matas extintas, enfim, fica aqui minha indignação, pelo sentimento de desprezo que me aflige. Percebendo que existem hoje centenas de faculdades a ‘vender’ diplomas em todo Brasil, num sistema de educação sem perspectivas claras e embasamento prático, teórico, ético e poético a 'ver navios'.

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quinta-feira, junho 03, 2010

Laia bêbada


A visão bêbada no instante do acidente, quando torpe o corpo vacila, viaja, e a mente anestesiada gira, e o bêbado persiste em dirigir o automóvel, tolo, diante dezenas de pessoas que o rodeiam, no seu rastro de morte, vitimados pela imprudência de tal persistência, dessa cultura social brasileira da cerveja gelada, das rodas de whisky que decidem destinos, da cachaça popular, do alcoolismo. Já não vejo a menor graça nos bêbados, em sua maioria são chatos e pegajosos, exaltados, metidos, arengueiros, estúpidos, sem caráter. São sombras de outra realidade, da realidade do bêbado quando acorda, desse outro Homem sóbrio, que com certeza não é o mesmo daqui a mais algumas horas. Bebe-se no Brasil com muita intensidade e bebe-se muito, é mesmo uma cultura de raízes, maravilhosa, porém a conseqüência desse costume pode-se chegar a estágios de relações improváveis, de discórdias absolutas, amizades destruídas, crimes, enlouquecimento, morte.

Em plena época das campanhas anti-drogas internacional, o Governo do Brasil permite que as indústrias de Cerveja anunciem o dia quase todo, de quase 15 em 15 minutos, nas televisões, nas revistas, nos outdoors, influindo a todos, velhos ou crianças, ao consumo livre, determinando que o ato de beber sempre está ligado à felicidade plena, ao convívio magnânimo de Baco, sempre mostrando o início da festa, nunca um fim da festa, porque há sempre um incidente qualquer no caminho dos usuários, as pessoas estão transtornadas e transformadas, loucas.

Para tanto a Seleção Brasileira de Futebol de 2010 está patrocinada por uma marca de cerveja, uma relação ínfima entre a bebida alcoólica e o esporte, um lindo exemplo para as novas gerações. Pior que o consumo exacerbado e o perdão absoluto do dia seguinte é a exaltação alcoólica.  Desculpem-me os que se sentem ofendidos, pois bebi desde ainda menino até bem pouco, bebi muito, adoro a bebida alcoólica, adoro um porre – inclusive tenho um apelido de “Porrinho”. – mas, desculpem-me mesmo, não consigo mais ficar perto das pessoas quando elas consomem o álcool, não consigo mesmo. Lamento. Acho que são coisas desse tal Porrinho.

As fotos que apresento aqui são fotos em movimento no trânsito, feitas dentro de um automóvel. Na câmara utilizei uma velocidade baixa do obturador, o que permitiu a criação de ‘fantasmas’ através da incidência. Tais imagens, em minha concepção e conhecimento prático dos efeitos etílicos, representam a visão de um bêbado, num estágio de embriaguês e cansaço elevados. Por isso considero essa a visão da pessoa alcoolizada na hora da perda total dos reflexos, no momento em que perde o controle da direção e provoca mais um acidente.

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quarta-feira, junho 02, 2010

Pelas Ruas da Cidade 007


CALÇADAS OCUPADAS

Diariamente, todos os dias úteis, esta calçada é invadida por caminhões e nada se faz. Não existe SMTT ou DETRAN que dê jeito. Há anos que cotidianamente se repete essa trágica realidade. Nada que eu tenha contra as empresas desta localização, mas ao trânsito em seu entorno. Com acidentes muito freqüentes que evidenciam essa denúncia: - Todos os dias (úteis), todos os dias mesmo ! a qualquer hora que se passe por ali, as calçadas estão ocupadas por veículos e também os veículos cortando a Faixa Contínua que proíbe o acesso para quem sobe, em direção ao Jacintinho. – Falta de respeito público e acidentes frequentes. É o que vemos por ali.

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