Essas fotos foram tiradas de dentro do automóvel, a cinquenta quilômetros por hora, por uma estrada de barro. De passagem, no reflexo repente de percepção e atitude, presença de espírito e vontade de fazer. Da ação imediata do bóia-fria, articulando com as mãos, e a do fotojornalista, que habilmente, com todo balanço e movimento do automóvel, percebe, mira e dispara uma série de cliques. Há uma simpatia clara. Dizendo: ‘tou vendo você !’, ‘ói eu aqui !’, ‘oi !’ – Uma interação do personagem com o Universo. A partir da divulgação do quadro, exibida publicamente para toda cadeia global da internet, mostrando a arquitetura do improviso, com a utilização de materiais do ambiente, do talo e das palhas da cana de açúcar, pela necessidade de sombra, onde os capinheiros pausam para as refeições e descanso. Gente do mundo.
LCB_2011fev09