Durante uma procissão saída da Igreja da Catedral, pela Rua do Sol, acompanhando todo seu percurso, percebi que da torre da Igreja dos Martírios, mais a frente, teria uma visão aérea da multidão em caminhada. Adiantei os passos e subi em tal torre. Consegui fazer boas fotos lá de cima, mas não esperava que, em um determinado momento, percebi um movimento da corda que segura o sino, era o padre, lá de baixo, contemplando a passagem da santa e dos fiéis. Acho que ele não sabia que eu estava naquela torre, o sino começou a badalar em ‘tóins’ que perpetraram por todos os meus sentidos. Foi uma sensação incrível, ali ao lado do sino a badalar. Passei o resto dia a ouvir, no fundo do meu inconsciente: ‘Tóim !, Tóim !, Tóim !, Tóim !, Tóim !, Tóim !’... reverberando. Pelos portais da cúpula, percebemos o entorno da igreja, a cidade, o Palácio dos Martírios, a Laguna Mundaú... São instantes gratificantes. São esforços compensados. Valeu.
LCB_2007jun07