Durante uma procissão saída da Igreja da Catedral, pela Rua do Sol, acompanhando todo seu percurso, percebi que da torre da Igreja dos Martírios, mais a frente, teria uma visão aérea da multidão em caminhada. Adiantei os passos e subi em tal torre. Consegui fazer boas fotos lá de cima, mas não esperava que, em um determinado momento, percebi um movimento da corda que segura o sino, era o padre, lá de baixo, contemplando a passagem da santa e dos fiéis. Acho que ele não sabia que eu estava naquela torre, o sino começou a badalar em ‘tóins’ que perpetraram por todos os meus sentidos. Foi uma sensação incrível, ali ao lado do sino a badalar. Passei o resto dia a ouvir, no fundo do meu inconsciente: ‘Tóim !, Tóim !, Tóim !, Tóim !, Tóim !, Tóim !’... reverberando. Pelos portais da cúpula, percebemos o entorno da igreja, a cidade, o Palácio dos Martírios, a Laguna Mundaú... São instantes gratificantes. São esforços compensados. Valeu.
LCB_2007jun07
Os comentários abaixo foram postados no blog de Lula Castello Branco em http://ojornalweb.com.br . Reproduzidos aqui.
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MARCIO GUEDES disse:
06/12/2010 às 11:26
IMAGINO COMO DEVE TER SIDO A “REVERBERAÇÃO” NO PÉ DO OUVIDO. MAS REPÓRTER FOTOGRÁFICO É PRA ISSO. OPORTUNIDADE NÃO SE PERDE…RS
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Lula Castello Branco disse:
01/01/2011 às 21:08
É isso aí, Márcio ! É um momento único pela ocasião. Nós que fazemos fotojornalismo sabemos o quanto é importante estar alerta quanto ao entorno das pautas, pois além da pauta tantas outras informações pairam no ar… E no outro dia novas pautas, e outras e outras, e a cidade se transforma num cinema cotidiano e sem fim… Estória contada por nós em cada página impressa preservada, ilustrando os textos, compondo a concepção gráfica, com sua informação necessária, confirmando a veracidade dos fatos. De frame em frame, exaustivamente, a Infantaria das Comunicações, e como tal, através do ‘olhar’, continue perseverante, cada Repórter Fotográfico, atento ao fato, atento ao mundo. As oportunidades estão sempre por perto, sim, não devemos perdê-las. Abração.