quinta-feira, maio 03, 2012

A Ressurreição do Papa Figo


Estão querendo me crucificar, por tratarem-me como uma ameba. O pessoal do Sindicato, numa total prova de conivência instituída, sequer quer ouvir-me. Chegando entre tititis a me desqualificar com brincadeirinhas de que fumei uma ‘maconha estragada’ e inventei essa estória. Preconceito e ignorância. A presidente do Sindicato, com quem pude falar por telefone - que eu estava com um grande problema com o advogado indicado por eles. - Ela falou que haveria naquele dia uma reunião e que me procuraria depois para ouvir-me melhor. Mas acho que nessa reunião chegaram à conclusão de que eu era nada, não valia qualquer consideração. Até hoje não fui procurado pelo Sindicato. Como se nada por lá tivesse acontecido.

E aconteceu e eu não abro mão da dor que me cerca, não consigo esquecê-la. Detesto ser enganado, pior é ser sinicamente enganado. Há meses não durmo direito, o que afeta minhas relações mais íntimas, meus contatos exteriores, minha relação no meio profissional, enfim, estou sofrendo arduamente por um confronto covarde. Eles unidos por uma mentira, diante minha singela verdade que não querem sequer ouvir. Sinto-me isolado, numa ilha; sem amigos, sem companheiros, só minha amada família que assiste impávida minha queda diante meu caráter de lutador. Deus provê, Deus proverá !

Pouco me importo, nesse instante, por quanto deixei de ganhar ou quanto ganham os protagonistas desse golpe. Pois o que me dói é a moral. É esse sentimento de justiça que ocupa todo meu pensar, essa indignação incessante. A lembrança do advogado dizendo-me de que nada do que havia me dito disse: “Isso aí eu não falei, não, Lula, de jeito nenhum” (02.02.12). Mas ressaltou, me questionando em reflexão, que poderia ter acontecido em outro processo (30.11.11), o afirma então que o fez: “Não foi naquela outra rescisão ? daquela mulher...” (02.02.12); engraçado é que nesse outro processo (06.04.2011), com a mesma questão do FGTS em aberto, a atitude dele foi oposta, negou-se a assinar a homologação, obrigando a empresa a depositar imediatamente o meu FGTS.

Pois naquele dia (23.03.11) medonho, de peito aberto me induziu a assinar a rescisão, contra a minha vontade. Não fui apenas induzido, fui praticamente forçado, pela imposição do arrogante advogado que me cantava vantagens mil: disse que eles não eram nem loucos de não me pagar ! Mesmo contra meu conhecimento de que estava a mentir para mim, aos olhos e ouvidos de todos os presentes naquela sala; penso que, em suma verdade, são todos eles velhos conhecidos e eu um rés estranho; Mas ele então me falou (02.02.12): “- Ah, se fosse assim eles tinham lhe pago no mesmo mês. Tinham lhe pago nessa data”. - Pois é, então... “- Se fosse assim...”.

Por que, então, já que não assume sua postura no dia da homologação, que permitiu o que já sabia que aconteceria ? Sobre a minha decisão de não assinar a rescisão. Jogando sua toga sobre a mesa, dizendo-se o advogado ali. Até quando lhe indaguei sobre a ressalva que fizera (02.02.12), sem a minha rubrica, retrucou: “Eu não tou lhe representando aqui, homem. Eu não, o Sindicato !”. Ele não tem uma procuração minha, para me representar. E se me representou, ou se o Sindicato através dele me representou, confesso que fui muito mal representado. Essa ressalva sem minha rubrica não tem qualquer valor jurídico, eu não compartilhei do que se escreveu ali. Inclusive, rasurou a própria rescisão, onde sou uma parte, com algo que não participei e que o que ali comunga fazia parte no contexto geral do processo.

Dizendo-se ser o que conhecia as leis e que eu assinasse a rescisão, que garantiria que se não a pagassem dentro do prazo legal a multa seria de, além dos trâmites do FGTS, um salário (piso) a cada mês, corrigidos (23.03.11). Ao invés de acolher minha posição de não assinar a rescisão, repito. Minha vontade ali era de já irmos direto pra Justiça, para que tudo fosse acertado rapidamente. Ele insistentemente persistiu que eu assinasse a rescisão, e eu, forçadamente, lhe disse que assinaria, apenas confiante nessa garantia que me dera, tão expressivamente. Quando exprimi meus sentimentos, lhe falando que estava me sentindo um ‘tolo’ (02.02.12) ele me falou: “Você foi um tolo. Eu não digo que um tolo porque você entendeu que era em cada mês ia ter uma indenização referente... Aí, aí, um negócio desse o caba não precisava fazer mais nada da vida...”. Não era esse o negócio que eu quis; isso foi ele quem me propôs.

“A legislação brasileira trabalhista, de trabalhista não existe...”, Disse (02.02.11). Não acho que fui o único a cair nesse conto do vigário, somos muitos que penamos para receber o obrigatório FGTS; escutei muitas vezes pelos corredores das redações os companheiros jornalistas que mal orientados assinaram a rescisão sem que sequer um centavo estivesse depositado em seu FGTS. No meu caso eu não quis assinar, pois já sabia do esquema, mas o advogado insistiu tanto, foi tão taxativo e firme, que me induziu a assinar (23.03.11).

Maceió, 03 de maio de 2012


Vejam outras publicações sobre este caso:

http://lulacastellobranco.blogspot.com.br/2012/03/indignacao-incessante.html
http://lulacastellobranco.blogspot.com.br/2012/02/um-homem-roubado-nunca-se-engana.html
http://lulacastellobranco.blogspot.com.br/2011/11/desinspirado.html