segunda-feira, agosto 29, 2011

PONTO DE PARTIDA

 
 
 


Isso não é uma regra absoluta. Costumo aplicar uma técnica de ver o personagem sempre de frente, na ‘linha dos olhos’, o olhar na mesma altura. Chegando a esse ponto observo a luz, o cenário, os outros elementos que pertencem aos limites das dimensões captadas pela lente e pelos recursos oferecidos pela câmara. Para esse segundo ‘ver’ costumo também ficar atento a ‘linha do horizonte’, pois percebo que quando esta linha não é bem aplicada, a perspectiva perde o sentido do equilíbrio, - É claro que possa enviesar propositalmente ! Mas certamente ver-se-á um estilo. - afora isso é amadorismo. A consciência do enquadramento exige do fotógrafo um deslocamento contínuo. Mais pra cá, mais pra lá, pra cima, pra baixo, sobe aqui e desce acolá, tudo isso pela sensibilidade do saber ver. Nossa consciência enxerga, na postura bípede, uma linha imaginária de equilíbrio do corpo, vertical; e nossos olhos em uma dimensão horizontalizada.

Falo dessa técnica porque percebo principalmente nas crianças, que são vistas sempre ‘de cima’, uma acomodação quanto a esse deslocamento, quanto a olhar realmente o quadro a que se propõe: Primeiro, ver de frente. Depois observar a luz, a paisagem, o ambiente, a expressão, enfim, se é pra fazer, é melhor fazer bem feito.

Esses registros são do Folguedo ‘Guerreiro Campeão do Trenado’ (Chã da Jaqueira), durante comemorações do Dia do Folclore, no dia 21 de agosto de 2011, na ‘rua fechada’ na Praia da Ponta Verde, promovidas pela Fundação Municipal de Ação Cultural. (Contato: Mestre Nivaldo (82)9107.4345).

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