quarta-feira, novembro 24, 2010

Afrodecendente


Fotos em movimento, flagrantes do cotidiano da cidade. Como o desta foto, captada em um automóvel em movimento, um instante descontraído, o imperceptível captado. É a questão da fotografia como quadro, como obra de arte, pois há em seu âmago a sensibilidade do ver poético. Um vulto antropológico em um tema racial. Arte e realidade, juntas, em uma nova arte, em um novo quadro, uma fotografia.  Não houve qualquer produção ou programação para esta fotografia; é questão de segundos: ver, perceber, preparar a câmara, posicioná-la e mirar, acompanhando o movimento do automóvel, que nem sequer reduziu, numa velocidade média de 50 ou 60 km/h, acertar o momento exato do quadro no instante do clique. É uma técnica que requer alguma prática, porque é necessário que se perceba o ponto de referência do foco, a câmara tem que girar, seguindo o movimento do automóvel, mantendo o ponto do foco fixo, a câmara gira em torno do objeto do foco, até o clique.

LCB_2010ago13

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