sexta-feira, outubro 22, 2010

Outra Dita-Dura


"O governo da imensa maioria das massas populares se faz por uma minoria privilegiada. esta minoria, porém, dizem os maxistas, compor-se-á de operários. Sim, com certeza, de antigos operários, mas que, tão logo se tornem governantes ou representantes do povo, cessarão de ser operários e por-se-ão a observar o mundo proletário de cima do Estado; não mais representarão o povo, mas a si mesmos e suas pretensões de governá-lo.

Quem duvida disso não conhece a natureza humana." Mikhail Bakunin (1814-1876)

LCB_2010jun09

sábado, outubro 16, 2010

Um Mártir do Fotojornalismo Alagoano


Gilberto Farias




Incrivelmente obcecado pela melhor imagem, sempre preocupado com a informação. De estilo implacável, firme, consciencioso do valor social de sua mensagem. Guerreiro imbatível, desde menino, quando ao lado do pai, galgou seus primeiros cliques profissionais, há já quase meio século. Gilberto Farias transpira o que capta, com uma esperteza surpreendente, alcança os posicionamentos mais penosos, pula, rasteja, interfere no cenário, resmunga, defende, ataca. Admirável ! Obrigado companheiro, pelo estímulo, pelo exemplo.

Dedico essa seqüência em sua homenagem, pela coragem, por essa força que a vontade tem.


Sobre as fotos

Operação Facção Toupeira, da Polícia Federal. Os homens presos em Alagoas, alugaram a casa, em ponto estratégico, visando alcançar a rede de águas fluviais da Avenida Fernandes Lima, para de lá chegar às agências bancárias. Cavaram uma passagem subterrânea a 3,10 metros de profundidade, que já estava com 87 metros de extensão e 70 cm de diâmetro (detalhes nas fotos). E lá vai ele, Gilberto Farias, pro fundo do túnel, levar ao público detalhes pulsantes da informação jornalística. Bravo !

LCB_2006set05

Mistério Night Bar


Uma das coisas que mais me encanta no cotidiano de repórter fotográfico é a presença marcante da vida em seus mais distintos aspectos, pois giramos a cidade inteira, de cabo a rabo; da casa mais simples aos mais luxuosos apartamentos e gabinetes, favelas e palácios, enfim, atentos, podemos captar momentos únicos, como este, que não acontecerá outra vez. Dias após este flagrante este bar fora destruído.

Mas bem sabemos que não são apenas flores e não é tão simples. No foto-jornalismo a identidade, o conteúdo fílmico do quadro, vai bem além da aura presente no lugar certo e na hora certa; o que realmente define seu caráter jornalístico é a atitude desse profissional. A sensibilidade de ‘ver’ o mundo com visão antropológica, distinguindo através de recursos naturais, ambientais e técnicos, a realidade observada.

LCB_2007jun27