quinta-feira, junho 07, 2012

Solitude



Cumes de aflição abismal rodopiam o corpo inteiro, anestesiando a mente num movimento contínuo de nada absoluto. A compreensão de nada. Um todo relativo é esmagado por um nada irrefutável. Um labirinto de mesmas coisas e mesmas caras e mesmas atitudes e... A rotina dos lugares, suas características manifestas transbordam, despencando nos perâmbulos um total sentimento de estrangeirismo.

Há preocupação básica do futuro. Há erros por todos os lados, a civilização está voltada para a morte, caminhando para um abismo, e o sentimento da reação está anestesiado, da reação de se ter a consciência da relação do Universo ser você e um nada soberano planando... num baile mesológico, entre corredores, becos, estradas e alturas atmosféricas, no giro contínuo das galáxias cintilantes.

As notícias alertam para muitas das agressões fatais à Terra. A questão básica da água, do cuidado que a humanidade deve ter e não tem, do descaso à problemática, do poder imaginar um futuro desértico, sem possibilidades de procriação, numa guerra selvagem, após outra guerra covarde. Como refletira Einstein: "se houver a terceira guerra mundial a quarta será a pau e pedra".

Não venha me dizer que sou pessimista. Não, não sou. Apenas acho péssimo o caminho político que as tendências das influências humanas têm determinado. (2003jan22)

LCB_2008nov07

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Para entrar em contato com o autor: poemidia@hotmail.com ou (82)9602.2222