Os cabelos brancos, a costa encurvada, um pano pendurado no ombro e a gola do vestido um pouco desajeitada, mostram essências visíveis da idade dessa mulher: a fragilidade do corpo do ser animal. Ponho-me a tentar imaginar o tanto que ela viveu. Pela simplicidade, o quanto que ela sofreu. Pelo semblante, o quanto ainda viverá. Sei lá. Gosto do quadro, da luz intensa difundida (foi num momento em que nuvens encobriram o sol), da suavidade de um silêncio provável, pela temeridade sombria da morte. Todo ser que envelhece, em suma, aproxima-se da morte inevitável. Embora acidentes possam acontecer, doenças, o tempo haverá de gradativamente abrir-nos os caminhos do além.
2007jun29
Os comentários abaixo foram postados no blog de Lula Castello Branco em http://ojornalweb.com.br . Reproduzidos aqui.
ResponderExcluir#
Thiago Gomes disse:
09/12/2010 às 10:22
Muito bem, Lulinha… Pensamento correto e, como sempre, apropriado.
#
Thayanne Thayanne disse:
17/12/2010 às 16:12
Que profundo. =) Muito bom Lula! =D
#
Lula castello Branco Lula castello Branco disse:
01/01/2011 às 20:45
Valeu, companheiros. =D